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Mostrando postagens de maio, 2017

Camara de Campo Grande aprova mudança do cemitério

Mausoléu de Amando de Oliveira no cemitério  Santo Antonio É aprovado pela Câmara Municipal de Campo Grande, em 12 de janeiro de 1914, projeto de autoria dos vereadores José Marcos da Fonseca e João Alves Pereira, autorizando o intendente geral a dispender até um conto de réis para a construção de um novo cemitério na vila de Campo Grande, visando desativar o atual da Boa Vista, margem direita do córrego Segredo (onde funcionam em 2015 as instalações centrais do Sesi) para um local mais distante. Seria a segunda mudança em menos de trinta anos.  O primeiro cemitério do povoado funcionou desde sua fundação (1875) até 1888 na praça central (praça Ari Coelho). A primeira notícia que se tem desta primitiva necrópole foi dada pelo cônego Bento Severiano da Luz, escriba da primeira visita clerical ao lugar na pessoa do bispo de Cuiabá, dom Luiz D'Amour, em  setembro de 1886: ...pequeno cemitério cercado de madeira, com a cruz grosseiramente talhada. Nessa mesm

Vereador é assassinado em Campo Grande

Amando de Oliveira e família, pouco antes de seu assassinato É assassinado  em Campo Grande , no dia 10 de junho de 1914, as 17 horas, quando se dirigia à sua fazenda Bandeira, o vereador Amando de Oliveira. Líder do Partido Republicano, empresário moderno e empreendedor, foi o construtor da primeira casa de alvenaria na vila. Autor de vários projetos aprovados pela Câmara, entre eles o que doou áreas para a Noroeste construir sua estação; que proibia a alienação de terras públicas urbanas às margens de córregos; e da primeira escola mista da cidade.  Sua morte não foi esclarecida. Foram acusados como mandante o fazendeiro Joaquim Gomes Sandim e executores Procópio Souza de Mello e Antonio Elysio Emendias, que, denunciados pelo promotor Brasílio Ramoya, não chegaram a ser pronunciados. O juiz Manoel Pereira da Silva Coelho por falta de “indício veemente”, libera os acusados e manda o delegado reabir o inquérito, o que não ocorreu. Amando de Oliveira é nome de uma escola estadu

Chega a Campo Grande o primeiro trem do Pantanal

O povoado de Campo Grande liga-se por ferrovia a Aquidauana, Miranda e Porto  Esparança, na manhã de 28 de maio de 1914, com a chegada da primeira maria-fumaça. O jornal O Estado de Mato Grosso, do ex-juiz Arlindo de Andrade Gomes, dá a alvissareira notícia: O povo parecia haver cansado de esperá-lo todo mês, toda semana, todo dia. Mas, afinal, chegou. Uma locomotiva já desceu a encosta e acordou os habitantes a silvar. Outras tem vindo, alegremente, na faina cyclopica da grande obra nacional. Todo mundo alegrou-se neste bendito rincão brasileiro. Aos operários cobertos de poeira, misturam-se os habitantes da cidade. São gregos, italianos, japoneses, portugueses e brasileiros de toda casta. No local da futura estação, grupos de famílias, rapazes, velhos e crianças, irmanam-se como os homens que fazem o caminho do progresso. Para Paulo Coelho Machado, aquele 28 de maio é “só comparável a outro dia de maio, sessenta e três anos depois, quando chegou pelo telefone a notícia de qu

Inaugurado o asfalto entre Campo Grande e o Estado de São Paulo

Em 12 de dezembro de 1969, com a presença do presidente general Garrastazu Médici, do governador Pedro Pedrossian, dos ministros Elizeu Resende (Interior) e Mario Andreaza (Transportes),  do comandante da 9a. Região Militar,  do deputado federal Marcílio de Oliveira Lima, é entregue a pavimentação asfáltica de trechos das BRs-267 e 163, entre Campo Grande e Porto XV. A rodovia recebeu o nome de Manoel da Costa Lima , o primeiro a completar a ligação São Paulo-Mato Grosso, através de uma estrada boiadeira, inaugurada a 8 de outubro de 1906. FONTE:  Edgard Zardo,  De Prosa e Segredo Campo Grande Segue seu Curso , Funcesp/ Fundação Lions, Campo Grande, 1999  página 36

Pandiá Calógeras em Campo Grande

Em 7 de novembro de 1921, chega à cidade, em sua viagem de inspeção às guarnições do Exército em Mato Grosso, o ministro da guerra, engenheiro João Pandiá Calógeras. O evento foi registrado pelo Correio do Estado (de Cuiabá): Campo Grande,8 - Acompanhado de sua comitiva, constituída dos srs. generais Celestino Bastos, chefe do Estado Maior do Exército e Cândido Rondon, major Egídio Costa Silva e Teixeira Freitas, capitão Rogaciano Mendes e vários outros militares, drs. Paulo Moraes Barros e família, Jorge Moraes Barros, ambos da "Sociedade Rural Brasileira, Primitivo Moacir, redator dos debates da Câmara Federal, Júlio de Mesquita, diretor do "Estado de S. Paulo", chegou ontem aqui, com sua exma. família, às 11 horas, o dr. Pandiá Calógeras, Ministro da Guerra, que foi recebido por toda a população da cidade, na estação da Noroeste, em cuja esplanada estava estendida a guarnição militar. Prestadas as continências do estilo, foi o ministro Calógeras conduzido

Assassinado em Campo Grande ex-prefeito de Aquidauana

É assassinado em Campo Grande em 9 de maio de 1940 o médico e dentista, Oscar Alves de Souza, juiz de paz da cidade e ex-prefeito de Aqui dauana. Entrevista do pelo Jornal do Comércio, Nero Moura, principal testemunha d a oc orrência, prest ou as seguintes informações: Após ter jantado com o Dr. Oscar Alves de Souza, na casa de residência  deste, saí em companhia dele afim de irmos ambos, a pé, em demanda da casa de residência de nosso amigo comum sr. Messias de Carvalho Araújo, para o c umprimentarmos pelo seu aniversário que transcorria naquele dia. Conversando com o meu inditoso companheiro, segu ía mos os dois  pela rua João Pessoa (atual 1 4 de Julho) , descuidadamente, quando ao defrontarmos o p rédio de sobrado do sr. Alfredo Silva, sito nesta mesma rua João Pessoa, n° 1180, estando eu pelo lado de dentro do passeio, portanto do lado direito do  dr. Oscar Alve s de Souza, ouvimos alguém bem de perto, quase junto de nossas costas, pronunciar em tom interrogativo estas

Campo Grande recebe a primeira visita do bispo de Mato Grosso

Capela de Santo Antonio, primeira igreja de Campo Grande Na primeira visita da mais alta autoridade da igreja católica da província ao povoado, chega ao vilarejo chefiado por José Antônio Pereira, 28 de setembro de 1886, d. Carlos Luis D’Amour, bispo de Cuiabá, com jurisdição em todo o Estado. O registro é do cônego Bento Severiano da Luz, escriba da comitiva: Pelas 7:00 horas da manhã deixamos a Lagoinha e às 9 apeamo-nos em casa de José Tomaz da Cunha, no lugar chamado Lagoa, onde já se achava um grupo de cavaleiros da povoação de Campo Grande, deputados para encontrar nessa altura a S. Exa. Rvma. O sr. Cunha nos deu excelente almoçozinho e desvanecidamente cumpriu seu dever o que foi muito auxiliado pelas boas maneiras de sua gentil consorte a Exa. Sra. D. Josefa Benedita de Jesus. Nada vi ali que mereça atenção a não ser o local, que é aprazibilíssimo pela vista que oferece. À pequena distância passam dois arroios, o que dá nome ao sítio e o Imbirussu; ambos são tributár

O primeiro jornal de Campo Grande

Sob a direção do advogado e jornalista Arlindo de Andrade Gomes, que foi o primeiro juiz de Direito de Campo Grande, circulou em 22 de junho de 1913 o primeiro jornal da vila. “Impresso em papel couchê (de primeira) importado de Assunção, no Paraguai, com quatro páginas, sendo a primeira impressa com tinta dourada, ‘O Estado’ foi recebido com entusiasmo pela população. Os seus comentários, notícias e anúncios foram ‘devorados’ pelos poucos leitores de então”, segundo J. Barbosa Rodrigues. No seu editorial de apresentação o compromisso com a imparcialidade que procurou manter durante o curto tempo de sua existência: O Estado é um jornal que não tem política e que não traçou um programa para cumpri-lo, à risca. Sejamos francos. Não defenderá este ou aquele partido. Não há política, não há governo bom ou mau, inteiramente. Na administração pública há atos que merecem aplausos e outros que exigem reprovação dos homens de senso. Quase sempre as oposições, na sede de conquistar o

Inaugurada a primeira estrada entre Campo Grande e São Paulo

É inaugurada em 8 de outubro de 1906 a estrada entre Campo Grande e Porto 15 de Novembro, atualmente trechos da BR-163 (Campo Grande - Nova Alvorada do Sul) e BR-262 (Nova Alvorada do Sul - Rio Paraná). Foi uma verdadeira odiss e ia a construção dessa estrada boiadeira. Seu incorporador foi Manoel da Costa Lima, o Manoel Cecílio, que a abriu para tirar o Estado do isolamento e transportar o vapor Carmelita, lancha a motor, adquirida no Paraguai, com a qual iniciaria o serviço de travessia do rio Paraná. De Concepcion a Campo Grande, “navegara rio Paraguai acima, penetrando no rio Miranda e depois no rio Aquidauana, ancorando na fazenda Sto. Antonio na barra do Taquarussu. Com 200 bois de carro emprestados e 20 peões escolhidos a dedo, praticamente desmontaram a lancha e distribuídas suas partes nos referidos carros, encetaram grande epop e ia de leva-la até às barrancas do rio Paraná, na divisa com São Paulo. Sem dispor de qualquer das ferramentas e máquinas que hoje con