O povoado de Campo Grande liga-se por ferrovia a Aquidauana, Miranda e Porto Esperança, em 28 de maio de 1914. O jornal O Estado de Mato Grosso, do ex-juiz Arlindo de Andrade Gomes, dá a alvissareira notícia: O povo parecia haver cansado de esperá-lo todo mês, toda semana, todo dia. Mas, afinal, chegou. Uma locomotiva já desceu a encosta e acordou os habitantes a silvar. Outras tem vindo, alegremente, na faina cyclopica da grande obra nacional. Todo mundo alegrou-se neste bendito rincão brasileiro. Aos operários cobertos de poeira, misturam-se os habitantes da cidade. São gregos, italianos, japoneses, portugueses e brasileiros de toda casta. No local da futura estação, grupos de famílias, rapazes, velhos e crianças, irmanam-se como os homens que fazem o caminho do progresso. Para Paulo Coelho Machado, aquele 28 de maio é “só comparável a outro dia de maio, sessenta e três anos depois, quando chegou pelo telefone a notícia de que fora decidida a criação do Estado de Mato ...
pesquisas do jornalista Sergio Manoel da Cruz