Os empresários Amando de Oliveira e Antônio Gonçalves Fagundes firmam em 23 de fevereiro de 1911, contrato com a Intendência Municipal para construção do edifício da Intendência, da Câmara Municipal e da cadeia pública.
O prédio deveria obedecer às seguintes especificações:
a) 16 metros de frente x 8 m de fundo e 3,80 m de pé direito e mais 0,80 de platibanda;
b) sete compartimentos assoalhados e formados de madeira de lei, devendo as prisões serem assoalhadas de pranchões de cerne e ter no mínimo 0,10 de espessura;
c) alicerces em alvenarias de pedras, que se elevará até o nível do assoalho, de onde se iniciará a alvenaria de tijolos, devendo os alicerces das prisões terem 50 cm mais do que os outros.
d) cobertura de telhas de boa qualidade, assentadas em caibros e ripas serradas e de madeira de lei;
e) amarramentos e vigamentos de madeira de cerne;
f) rebocada com cal e areia e caiada internamente, acimentadas as molduras da frente.
g) pintura a óleo e com duas mãos de tinta em todas a portas e janelas, bem como as paredes interiores serão caiadas;
h) passeio de pessoas de tijolos na largura de 1,50 m na frente do edifício;
i) janelas e portas exteriores com 2 folhas de almofadas, sendo também envidraçadas, com 2 folhas cada uma, as janelas destinadas para o paço municipal;
j) as janelas das prisões levarão também grades de ferro;
k) as paredes laterais terão de espessura: das prisões, no mínimo 40 cm e das demais 27 cm e a interiores: das prisões, 27 cm e das demais 15 cm.
O pagamento dos 20 contos de réis aos contratados, preço e quantia para o que propuseram a execução das referidas obras será em quatro prestações iguais: 1a. no respaldo dos alicerces; 2a no respaldo das paredes; 3a depois de coberta; e 4a na entrega do edifício.”
Inaugurado dois anos depois à Avenida Marechal Hermes (atual Afonso Pena) esquina com a Santo Antônio (Calógeras), o prédio abrigou a prefeitura e a Câmara Municipal até meados da década de 70, quando foi vendido e domolido pelos novos proprietários. Atualmente (2014) funciona no local uma agência do Bradesco. Não se tem notícia de que no local tenha funcionado a cadeia de que trata o referido contrato.
Pela municipalidade assinou o documento, o intendente geral do município, José Santiago.
Antes da construção do prédio, a prefeitura funcionava na casa do prefeito, onde eram realizadas também as reuniões da câmara municipal.
FONTE: Arquivo Municipal de Campo Grande (Arca), Livro de contratos da Intendência de Campo Grande, livro 126 b
FOTO: Primeira sede própria do paço municipal de Campo Grande, extraída do Album Graphico de Matto-Grosso (1914)
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