Humberto Neder (o primeiro à direita) com a família em 1954 |
Nasceu em
Campo Grande, em 30 de agosto de 1920, Humberto Neder, o quinto filho de Rachid
Neder e Euzébia Neder. Iniciou seus estudos no Grupo Escolar Joaquim Murtinho e
no Ginásio Dom Bosco, tendo concluído o fundamental e médio no Colégio Andrews
no Rio de Janeiro. Ingressou na Faculdade Nacional de Direito do Rio, em 1942,
interrompendo seus estudos para participar da II Guerra Munidial, em Monte
Castelo, na Itália.
Terminada a guerra, Neder conclui o curso de Direito, casa-se com a mineira Nair de Toledo Câmara e retorna a Campo Grande, em 1947, e instala escritório de advocacia no edifício Nakao, atividade que exerce por pouco tempo para dedicar-se ao empreendedorismo. Após breve inserção no ramo imobiliário, associa-se a Michel Nasser e funda a companhia telefônica de Campo Grande, cuja inauguração aconteceu em 26 de agosto de 1957, com capacidade inicial de 1500 terminais na cidade. Em 1963 inicia-se o serviço interurbano com a primeira ligação de Campo Grande a São Paulo.
A Teleoste, como passou a chamar-se a empresa, ligou Mato Grosso ao mundo e foi a concessionária da telefonia no Estado até sua incorporação ao sistema estatal.
Em 1961, no auge do sucesso da companhia telefônica em Campo Grande, Neder e outros dirigentes da empresa de telecomunicações criam o Banco do Povo, com sede em Campo Grande e poucos meses depois de sua fundação, com filiais em Corumbá, Dourados, Presidente Prudente, Ponta Porã, Angélica, São Paulo e Rio de Janeiro. O Banco do Povo, inviabilizado a partir do golpe de 64, foi vendido por Humberto Neder a um grupo empresarial de Corumbá.
Na política, Neder (PTB) chegou a suplente do senador Filinto Muller (PSD), tendo assumido por 5 meses. Em 64 foi o primeiro preso político de Campo Grande, permanecendo encarcerado por 90 dias à disposição do Exército.
Humberto Neder faleceu em São Paulo em 30 de setembro de 2011.
FONTE/FOTO: Cláudio Vilas Boas Soares, Humberto Neder, o pioneiro das telecomunicações, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010, páginas 14 e seguintes.
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