Faleceu em Bela Vista, em 26 de janeiro de 1913, dona Rafaela Senhorinha Maria da Conceição Barbosa Lopes, viúva de José Francisco Lopes, o Guia Lopes da Laguna. O ato, com referências à sua vida agitada, é revisto por seu contemporâneo Miguel Palermo:
Com lucidez sem igual, referia-se a quem lhe pedisse, os seus sacrifícios passados, consistentes na prisão de 18 de outubro 1849; na perda dos seus haveres naquela época; na sua segunda captura como prisioneira de Guerra de 1864-1870; na na perda de seu segundo marido e dos três filhos voluntários da Pátria, nas façanhas e crueldades praticadas contra os brasileiros prisioneiros de guerra pelo padre Romão; na sua mágoa contra os que lhe queria usurpar, sem razão, as terra, da margem direita do Apa em mil cousas que prendiam o ouvinte, estabelecendo simpatias atrativas pela nobre matrona.
Ao seu enterramento compareceu muita gente, e como tributo de derradeira homenagem pelo seu grande amor à pátria, foi acompanhada até o túmulo pelo regimento das forças federais estacionadas em Bela Vista, que cumpria esse sagrado dever em honra à madrinha de batismo da bandeira nacional, pertencente ao mesmo batalhão, cujo ato fora verificado solenemente em 15 de novembro de 1912.
FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2a. edição), Governo do Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 67.
FOTO: batismo da bandeira brasileira, em Bela Vista.
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