Pular para o conteúdo principal

Morre o primeiro professor de Campo Grande





Faleceu e foi sepultado na fazenda Correntes, em 4 de setembro de 1905, José Rodrigues Benfica. Gaúcho de Jaguarão, veio para Campo Grande na última década do século XIX, como militar. Na guerra do Paraguai, combateu no posto de sargento, tendo participado da batalha de Tuiuti. Em Mato Grosso foi voluntário das chamadas forças patrióticas de Generoso Ponce, em 1892, em Cuiabá. Seu ingresso no magistério no povoado de Campo Grande tem sua origem registrada no seguinte expediente:
Os abaixo assinados interessando-se pela educação da mocidade campo-grandense, uns por terem seus filhos, outros por terem parentes ou órfãos a quem lhe cabe o dever sagrado de educá-los e sem que possa ao menos dar-lhes as primeiras luzes de instrução por falta de um professor que, sendo os vencimentos que o Governo autoriza insuficientes atualmente para sua subsistência não se sujeitam a aceitar o emprego, resolvem unanimimente a promoverem a presente subscrição que em auxílio a tão justo fim subscrevem com as quantias adiante declaradas que serão pagas mensalmente ao atual professor sr. JOSÉ RODRIGUES BENFICA. Campo Grande, 15 de setembro de 1895.

O professor dá nome a um colégio na rua dos Barbosas, no bairro Amambaí, em Campo Grande, por iniciativa do prefeito Wilson Barbosa Martins (1958/62), em cuja administração a obra foi construída.

“Há na vida dois caminhos:/ um do mal outro do bem; / o primeiro brota espinhos,/ o segundo risos tem”. Com esta quadra o velho mestre encerrava suas aulas.

FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980, página 63.
FOTO: Escola José Rodrigues Benfica, em Campo Grande.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O assassinato do prefeito Ari Coelho

Aos 41 anos é morto a bala, em 21 de novembro de 1952, o prefeito de Campo Grande, Ari Coelho de Oliveira (PTB). O assassino foi Alci Pereira Lima que o acometeu em uma emboscada no prédio da CER-3 em Cuiabá, onde o prefeito fora tratar de assuntos de interesses de seu município. Nascido em Bauzinho, município de Paranaíba, fez seus estudos ginasiais no colégio Grambery, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Formou-se em Medicina em 1933, em Belo Horizonte, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais. Chegou a Campo Grande em 1934, onde iniciou sua carreira de médico, fundador e proprietário da Casa de Saúde Santa Maria, denominação dada em homenagem à sua esposa dona Maria Arantes. “Eleito prefeito de Campo Grande no pleito eleitoral de 3 de outubro de 1950, assumiu o executivo municipal em 31 de janeiro de 1951, tendo dentro de seu programa de Honestidade, Responsabilidade e Trabalho, imprimido ao município, no curto período de ...

Inaugurada hidrelétrica de Campo Grande

Campo Grande recebe em 13 de abril de 1923, sua primeira hidrelétrica. Trata-se de pequena usina montada no córrego Ceroula a dez quilômetros da sede do município. O ato solene de início de suas atividades contou com a presença de Álvaro de Carvalho e Altino Arantes, por algum tempo responsável pela iluminação da vila.¹ Poucos dias antes da inauguração, a convite da direção da empresa concessionária, a reportagem do Jornal do Comércio esteve no canteiro de obras e deu detalhes sobre o relevante investimento: Para darmos aos nossos leitores uma boa ideia geral do adiantamento dos importantes serviços que para este fim estão sendo executados pela Companhia Matogrossense de Eletricidade Limitada, aproveitamos a gentileza do convite do ilustrado e competente advogado da companhia, sr. dr.Alindo Lima, para uma visita às grandes obras que estão sendo ultimadas no ribeirão Ceroula. Assim, às nove horas de quinta-feira última, chegávamos no automóvel da empresa, ao posto em que foram fe...

Inaugurado relógio central de Campo Grande

É inaugurado na travessa da rua 14 de Julho com a avenida Afonso Pena, em 23 de agosto de 1933, o relógio central de Campo Grande. Foi por quase quarenta anos o principal ponto de referência da cidade. Para Paulo Coelho Machado tratava-se de “um belo monumento de uns cinco metros de altura em alvenaria e o relógio tinha quatro faces (ou mostradores). As badaladas eram ouvidas em toda a vizinhança. A construção foi contemporânea a do obelisco, durante a administração Ytrio Correa da Costa. Dois marcos que despertavam o orgulho dos campograndenses. A iniciativa foi do comandante da Circunscrição Militar, coronel Newton Cavalcante, um militar extremanente interessado na nossa cidade, enérgico, de imaginação e realizador”.  O relógio foi demolido na segunda gestão do prefeito Antônio Mendes Canale (1970/1973). O prefeito André Puccinelli (1997-2005) levantou uma réplica do mesmo na avenida Afonso Pena, entre a Calógeras e a 14 de julho. FONTE : Paulo Coelho Machado,...