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Mostrando postagens de junho, 2017

O primeiro jornal de Campo Grande

Sob a direção do advogado e jornalista Arlindo de Andrade Gomes, que foi o primeiro juiz de Direito de Campo Grande, circulou em 22 de junho de 1913, o primeiro jornal da vila. “Impresso em papel couchê (de primeira) importado de Assunção, no Paraguai, com quatro páginas, sendo a primeira impressa com tinta dourada, ‘O Estado’ foi r ecebido com entusiasmo pela população. Os seus comentários, notícias e anúncios foram ‘devorados’ pelos poucos leitores de então”, segundo J. Barbosa Rodrigues. No seu editorial de apresentação o compromisso com a imparcialidade que procurou manter durante o curto tempo de sua existência: O Estado é um jornal que não tem política e que não traçou um programa para cumprí-lo, à risca. Sejamos francos. Não defenderá este ou aquele partido. Não há política, não há governo bom ou mau, inteiramente. Na administração pública há atos que merecem aplausos e outros que exigem reprovação dos homens de senso. Quase sempre as oposições, na sede de conquistar

Presidente da República do Paraguai em Campo Grande

Em 2 de maio de 1943 de passagem para o Rio de Janeiro, onde foi recebido no dia 5 pelo presidente Getúlio Vargas, esteve em Campo Grande, o presidente da República do Paraguai, general Higino Morinigo. Seus passos, desde sua saída de Porto Esperança, no dia anterior até sua chegada à capital da República, são seguidos pelos enviados especiais e correspondentes da Agência Nacional, responsável pela divulgação de sua agenda no país. A estada do presidente paraguaio em Campo Grande teve o seguinte registro: Em Campo Grande o trem especial O trem presidencial deixou Porto Esperança, às 17 horas, chegando hoje às 8,40 a esta cidade. Em todo o trajeto - estações de Miranda, Taunay, Guia Lopes, Aquidauana, Camisão, Piraputanga, Laguna, Palmeiras, Cachoeirão, Murtinho, Pedro Celestino, Terenos, Jaraguá e Indubrasil - reconheceu-se o empenho das populações em distinguir e aplaudir o presidente Higino Morinigo. Recebidos por altas autoridades O presidente Higino Morinigo e s

A primeira faculdade de Campo Grande

Agostinho dos Santos, o pioneiro do ensino superior O primeiro curso superior do Estado foi a faculdade de odontologia e farmácia de Campo Grande. Iniciou os cursos de odontologia e farmácia em 1929 e foi seu fundador e primeiro diretor o dentista Agostinho dos Santos. O corpo docente dos cursos foi composto por médicos e dentistas de renome no Estado: Nicolau Fragelli, Newton Cavassa, Vespasiano Barbosa Martins, Fernando Correa da Costa, Ermírio Coutuinho, Francisco Ferreira de Souza, Artur Vasconcelos, José Verlangiere, Franklin de Castro, Assis Bastos, Lúcio Valadares, Valeriano Maia, Heráclito Braga, Vital de Oliveira, Ferdinando Silveira, Timóteo Rostey e Tertuliano Meireles.¹ (JC 24-8-1934)  Ao final do primeiro ano de funcionamento estavam matriculados os alunos Balbino Soares da Costa, Wanda Lorenta da Rosa, Carlos Elmano de Oliveira, Sylvia Lorenta da Rosa, Ilídio Gonçalves da Costa e Keite Miyaki, aprovados para o segundo ano.2  (JC, 20-12-1929). Em 1932 a esco

Gripe espanhola mata 36 pessoas em Campo Grande

Irrompe em Campo Grande em 3 de novembro de 1918, a gripe espanhola. Apesar de ser qualificada como "benigna", deixou um saldo de 36 mortos na cidade. Relatório do intendente geral do município Rosário Congro, dá detalhes da passagem da epidemia por Campo Grande: “Depois de haver semeado o luto e a dor na bela capital da República, em São Paulo e inúmeras cidades do território nacional, o morbo atingiu também o nosso Estado, onde, felizmente, se manifestou em caráter benigno, apesar de seu extraordinário poder de expansão. Não logrou esta cidade passar indene, e a 3 de novembro do ano findo irrompia o mal em Campo Grande alcançando, em poucos dias, proporções assustadoras. A falta de todos os recursos profiláticos e de isolamento, além de outros, converteram a cidade num vasto hospital, sendo de uma louvável dedicação, digna de todos os encômios, o ilustrado corpo clínico, em sua árdua tarefa. "Na impossibilidade de organizar um serviço de hospitalização, p

Inaugurada a primeira igreja de Campo Grande

De pau a pique e a pr i ncípio coberta de sapé, para logo em seguida receber cobertura de telhas de barro, trazidas de Camapuã, por seu construtor, José Antônio Pereira, é inaugurada em 4 de março de 1878,a igreja do povoado de Campo Grande, cujo padroeiro é Santo Antonio de Pádua. "Terminada a capela, logo combinaram os casamentos do velho viúvo Manoel Vieira de Souza com Francisca de Jesus (filha de José Antônio) e ainda de Joaquim Antônio com Maria Helena e Antônio Luiz com Anna Luíza; eles filhos do fundador; elas, filhas de Manoel Vieira.¹ "O acontecimento - segundo o cronista - foi motivo de alegres e demoradas festas para o agrupamento católico. Folguedos durante o dia, conversas intermináveis, namoros, refeições melhoradas, cada dia em casa diferente. À noite nos bailes, ao som das violas e das gaitas de boca, eram servidos pão e queijo, broas de milho e outros quitutes mineiros. Como faltassem pares adequados, os homens, por vezes, dançavam com outros marmanjos&

Greve Geral! Campo Grande paralisa em protesto contra apagões

O prefeito Wilson Martins lidera os protestos à luz de lampião A crise de energia elétrica, que atormentaria o Sul de Mato Grosso até a chegada da energia de Jupiá, em meados da década de 60, levou a Associação Comercial de Campo Grande a organizar movimento intitulado “Campanha da Vergonha”, mobilizando a opinião pública através de manifestações de protestos, com a divulgação de panfletos, notas nos jornais e discursos na Câmara Municipal. A movimentação culminou com a grande passeata de comerciantes, estudantes e populares, à noite, de 5 de maio de 1960, com velas acesas pelas ruas da cidade e a invasão do prédio da companhia.  A campanha resultou ainda em greve geral com a paralisação por 24 horas de todas as atividades no município, confirmada pela imprensa da capital do Estado:   O movimento foi decisivo para estatização da empresa particular que explorava o serviço na cidade.  FONTE : Edgard Zardo,  De Prosa e Segredo Campo Grande segue seu curso , Funcesp/Fundação Li

Ditadura cassa mandato de Wilson Barbosa Martins

Wilson Barbosa Martins, cassado pelo AI-5 A ditadura militar brasileira decreta em 13 de dezembro de 1968 seu mais rigoroso instrumento de repressão política, o famigerado Ato Institucional n. 5 (AI-5), endurecendo o seu poder de polícia sobre a nação. O Congresso é fechado e dezenas de parlamentares, que votaram contra o governo no pedido de licença para processar o   deputado Márcio Moreira Alves , foram cassados e tiveram seus direitos políticos suspensos por dez anos. Da bancada de Mato Grosso foram atingidos os deputados federais José Feliciano (de Cuiabá) e  Wilson Barbosa Martins,  (de Campo Grande) ambos do MDB. Resgatado pelo povo, ainda no regime autoritário, Wilson Barbosa Martins volta à política, elegendo-se, por voto direto,  governador do Estado de Mato Grosso do Sul. No regime democrático foi senador constituinte (1983 - 91) e, novamente governador (1991 - 1995), quando encerrou sua carreira política. FONTE : Diário do Congresso Nac ional.

Coluna Prestes às portas de Campo Grande

Comandante Juarez Távora Após atrair as forças legais que guarneciam a estrada de ferro Noroeste para Rio Pardo, cuja estação Siqueira Campos tomara e destruíra no último 31 de maio, a Coluna Prestes, vindo da fronteira, sem maiores problemas, alcança em 4 de junho de 1925 a vila de Jaraguari, a apenas oito léguas de Campo Grande. Juarez Távora, em seu livro de memórias, lembra a breve e tumultuada estada dos rebeldes no vilarejo: "A 4 de junho, a Divisão ocupou a vila de Jaraguari, situada a 8 léguas a nordeste da cidade de Campo Grande, e onde estacionou durante vinte e quatro horas. Durante o pernoite nessa vila, cerca de 100 praças - inclusive elementos da própria guarda - embriagaram-se, praticando tropelias e depredações deploráveis, que não puderam ser evitadas em tempo, pelos chefes responsáveis. O principal responsável por essa indisciplina furtou-se ao merecido castigo, desertando, em companhia de outros, durante a madrugada do dia 5. O saldo pior das deso