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Câmara aprova cemitério Santo Antonio


Mausoléu de Amando de Oliveira no cemitério Santo Antonio

É aprovado pela Câmara Municipal, em 12 de janeiro de 1914, projeto de autoria dos vereadores José Marcos da Fonseca e João Alves Pereira, autorizando o intendente geral a dispender até um conto de réis para a construção de um novo cemitério na vila de Campo Grande, visando desativar o atual da Boa Vista, margem direita do córrego Segredo (onde funcionam em 2019 as instalações centrais do Sesi) para um local mais distante. Seria a segunda mudança em menos de trinta anos. 

O primeiro cemitério do povoado funcionou desde sua fundação (1875) até 1888 na praça central (praça Ari Coelho). A primeira notícia que se tem desta primitiva necrópole foi dada pelo cônego Bento Severiano da Luz, escriba da primeira visita clerical ao lugar na pessoa do bispo de Cuiabá, dom Luiz D'Amour, em setembro de 1886:

...pequeno cemitério cercado de madeira, com a cruz grosseiramente talhada.

Nessa mesma sessão da Câmara o vereador Amando de Oliveira fez a doação de uma área em sua fazenda Bandeira para implantação do novo cemitério que, foi aberto em 11 de junho seguinte com o sepultamento do doador da área, assassinado no dia anterior, 10 de junho

O novo cemitério recebeu a denominação de Santo Antonio em homenagem ao padroeiro da cidade.




FONTE: Sergio Cruz, Sangue de Herói, Primeira Hora/ Iaçu Porã, Campo Grande, 2002, página 19.

Comentários

  1. Bacana. Mesmo. A informação que eu tinha era que saiu da Praça Ary Coelho direto para o Santo Antônio, no início do século passado. Não sabia desta passagem ali no SESI.

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